Antigamente, podería dizer-se que o Ribelas passava ao lado da Cidade, mas a partir da segunda metade da década de 1970, gradualmente, tudo se alterou por aqui, e a primeira grande alteração foi a construção do Hospital. Mas o grande "boom" urbanístico foi nos anos de 1980 com o desaparecimento de algumas quintas que por aqui existiam.
Autor das fotos: Luis Pinto.
Havia aqui no meu Blog um grande lacuna, que era nem mais nem menos que a quase inexistência de fotos nocturnas, pois bem, aquando da minha última ida a Chaves em Fevereiro, desforrei-me, por isso, de vez em quando, não resisto em publicar algumas como esta, que para amador até nem está nada má. Quanto ao local, ou cenário, dispensa apresentações, é o nosso Tâmega com a sua "segunda mulher", a já cinquentona e quase sexagenária "Ponte Nova", faço ideia, a ciumeira que a "Top Model" de vez em quando deve sentir!!
Há nomes bem sugestivos, mas há outros que "abusam"!!! Então, não é que se vão lembrar de dar um nome destes, imaginem- "Taberna do Presunto"! E depois, é com diz o nosso amigo Tupamaro, nós, os das lonjuras aqui a sofrer/ougar, ele é folar, ele presunto, é a pinga da colheita partucular do Senhor "Não-sei-quantos", meu Deus, tanta maldade que há neste mundo!!! Mas vou-me vingar, na minha próxima ida a Terras de Aquae Flavie, hei-de visitar todos estes locais de "CULTO", de mim ninguem se fica rir!!
O local de onde tirei esta foto é um autêntico miradouro, daqui pode-se desfrutar de um vista impar, é só virar a câmara para as mais varidas direcções, esta é uma delas, A Serra do Brunheiro e a Igreja da Madalena, dominam as atenções desta imagem, mas depois há outros promenores que tambem chamam à atenção, tais como as claraboias(autênticas obras de arte), muito em particular aquela num dos edifícios em cima da Ponte Romana, e ainda, na direcção da claraboia mais direita, são visíveis a Adega Cooperativa, a Igreja Mariana e o Palacete Sotto Mayor, uma vista que vale pelo seu todo.
Uma bela foto nocturna em final de tarde de Inverno, o local é sobejamente conhecido, confluência das Freiras com a Rua de Sto. António, assim como a Casa e ainda o seu primitivo proprietário, nada mais nada menos que o Senhor Maximino Vilanova, popularíssimo comerciante flaviense falecido já há bastente tempo. A juntar a outros no Centro Histórico, é mais um belo exemplar com algum interesse arquitectónico do início do século XX (?) a merecer um restauro, mas é propriedade privada, é o eterno problema.
Não, hoje não vou falar do aspecto horroroso desta Travessa, portanto, não há lugar a artigo intitulado-Quo vádis Aquae Flavie?-. Há dias, percorria eu o Blog da minha amiga Lai Cruz, quando dou com um artigo cujo título era-" Este lugar pertence-me"-, tratava-se do Largo do Cruzeiro em Valdanta, onde a Lai contava as diabruras, e não só, ali passadas.
Pois bem, pegando nessa ideia, agora é a minha vez de eu dizer- Este lugar pertence-me", aqui jogava-se futebol, brincava-se aos "cowboys", e faziam-se malandrices ao "Fundão" *, voltando aos jogos de futebol que aqui se faziam, nem sempre chegavam ao fim, porque de vez em quando tinhamos que fugir à Polícia, "Curalha". "Parreco", "Perrichon", Eugénio....e muitos outros eram os habituais perseguidores, mas os nossos indíces de sucesso na fuga eram elevadíssimos, nos dias de hoje, cumpriríamos mais dos os mínimos para as olímpiadas nos 100 metros obstáculos.
* "Fundão" era um Senhor cujo verdadeiro nome não me lembro ou nunca cheguei a saber, era na loja que se vê à direita, a sua actividade era de reparação de electrodomésticos, e nas horas vagas(que eram muitas!!), jogava à batota com alguns amigos.
Finalmente, ao fim de meio século( pelo menos!!) de ruína, este amontoado de escombros foi abaixo, acho que foi dos partos mais difíceis de qua há memória!! Agora vamos ver quanto tempo isto vai ficar assim e o que aqui se vai fazer, desculpem lá a minha (nossa) desconfiança, é que estamos tão traumatizados, ou melhor, politraumatizados que já jogamos constantemente na defensiva, o que é que irá sair daqui?
Gosto imenso destes dias, para mim são extremamente acolhedores, e fica um cheiro muito agradável no ar derivado ao contacto da água com a terra e com as plantas, cheira a limpo, em contraste com aqueles dias tórridos de Verão que para mim acabam por ser desconfortáveis, mas cada um tem a sua sensibilidade. Quanto à foto propriamente dita, que dizer? É a velha Rua de Sto. António sem vivalma à vista, dadas as condições climatéricas e era de almoço, só aos amantes do "click" é que nada lhes incomoda.
O ano de 2007-08 está ser extremamente seco, com índices de pluviosidade muito baixos, e dá-me a ideia que no Norte do País (interior) é onde este fenómeno se está fazer sentir com maior intensidade, coisa que não deixa se tornar algo invulgar, porque em anos como este, normalmente no Sul (Alentejo e Algarve), é quase sempre a Zona do País mais fustigada pela Seca. Como se pode reparar através destas imagens, em pleno Inverno, o Tâmega mais parece o Ribelas no Verão, bom, vamos aguardar pelos próximos tempos, pode ser qua até ao Verão ainda venha alguma chuva significativa, bem se precisa.
Fotos de Luis Pinto.
Em 2005, com muitos anos de atraso, eu diría até décadas, homenageou-se um ilustre flaviense chamado António Granjo, através da colocação desta estátua, foi uma das principais figuras da I República (1910-1926), nasceu em 1881 e cobardemente assassinado em Outubro de 1921 na Rua do Arsenal em Lisboa, tinha apenas 40 anos e já um vasto curriculum, foi uma das muitas vítimas do caos que reinava em Portugal nessa época, um clima de guerra civil autêntico.
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