Um pouco por todo o nosso País, é comum vermos este tipo de janela, até para o Brasil Colonial foi "exportada", é típica em edifícios dos séculos XIX e da primeiras décadas do século XX. Quanto a esta, é uma das muitas do Edifício da Sociedade Flaviense, edifício esse que já vai pelo menos na terceira cor ao longo da sua já centenária existência, agora está "maquilhado" com uma cor "choque", moda a qual eu pessoalmente não sou muito apreciador, mas o essencial desta foto e do "post" é mostrar a janela tipicamente portuguesa.......com certeza.
Bom, em primeiro lugar, esta foto até devia levar com um "Quo vádis Aquae Flavie?", mas atendendo ao facto de que esta "mamarrachice" já não é no Centro Histórico, estão parcialmente perdoados. Mas vamos à foto propriamente dita, esta imagem foi captada a partir dos "Restos Mortais" da antiga Estação da CP, e se recuarmos uns 20/25 anos atrás (para quem a idade lhe permite), nada, mas mesmo nada restou, e quando olho para este local, vem-me logo à memória uma "tasquinha" que aqui havia quase em cima da Ponte que passava por cima da Linha do Comboio,
De há vários anos para cá, está muito em moda, a chamada "cor de choque", ou seja edifícios novos, e ou até restaurar edifícios antigos e pinta-los com as tais "cores de choque". Eu pessoalmente não aprecio, acho muito folclórico, aprecio mais a simplicidade, como é caso deste edifício que vemos na foto, restaurado e as cores originais foram respeitadas, mas voltando ao tal folclore, tambem não sou um fundamentalista, antes folclóricos que degradados.
Sou muitas vezes acusado de ser um "menino da Cidade", que desconheço o Campo, então, farto de suportar provocações, desci ao Campo, só que me sai na rifa um nome de rua, no mínimo, um tanto ou pouco estranho- Rua Cabeça de Galinha (Caput Calinae)* . Segundo me disseram, na casa que se vê em baixo à esquerda, nasceu há quase meio século um ilustre flaviense, mas como na dita casa não tem lá nenhuma placa que o indique, fiquei sem saber quem é o "jet-set" que dali veio ao Mundo, quem será?
* Caput Calinae- Deu-se este nome em virtude de ser conhecido este lugar por Cabeça de Galinha, um topónimo muitíssimo antigo, a nosso ver, é originário de caput calinae, como um ponto de passagem vindo da Galinheira, ou calinaria o ponto de melhor passagem a vau do Rio Tâmega, com destino à Calçada Romana de S. Lourenço. "Toponímia Flaviense" de Firmino Aires
Curiosa esta imagem captada da Ponte Eng. Barbosa Carmona, um campo de cereais rodeando esta casa, mesmo à junto ao Rio Tâmega e já dentro do Perímetro Urbano da Cidade, são pormenores como este que nos levam a nós flavienses a afirmar que Chaves ainda é uma cidade no Campo. Lá ao fundo, ligeiramente à direita, são visíveis alguns prédios da Avenida D.joão II, e já agora, do lado oposto, são visíveis o Rio e o Jardim Público.
Em primeiro lugar, devo dizer o seguinte, como transmontano e flaviense que sou, gosto de chamar às coisas pelos nomes, e sempre conheci esta Rua, por Rua do Olho do Cu, mas só descobri a origem de tão "sui generis" nome através do Livro: "Toponímia Flaviense" de Firmino Aires, um "muy" ilustre flaviense recentemente falecido. Então, no tal livro diz o seguinte: "- Existia ali uma taberna conhecida pela Taberna do Olho do Cu, que costumava ter sempre vinho apreciado pelos bebedores.
Deu-se o citado nome como lembrança para os vindoures daquela patusca taberna, lá existente. Era propriedade de Artur Rogério Freire, onde vendia o bom vinho da sua quinta do Pedrete, em Casas-dos-Montes.
Ao passar por este Bairro, fiquei com a sensação de que o tempo parou por aqui, e não digo isto com ar depreciativo, é uma realidade, o Campo da Roda, tirando um ou outro pormenor, pouco se alterou nas últimas 2/3 decadas, há-de haver alguma explicação para tal fenómeno. Talvez, por algum motivo, não tenha sofrido a cobiça dos intereses imobiliários, que normalmente estão muito associados a essas tais transformações.
Como é habitual, sempre que vou a Chaves, tenho que passar a "revista às tropas", ou seja, passar pelos "cantinhos sagrados", neste caso propriamente o local onde eu nasci. Mas ao passar por aqui, há dentro de mim uma sensação e ou mescla de nostalgia e tristeza, a nostalgia é natural dado sou um romântico por natureza, a tristeza é que este local está mesmo tétrico, perdoem-me o exagero, vai-nos valendo as "florzinhas" com que as "manas" Sara e Aurora ilustram a varanda que se vê na imagem, vão mantendo certos sinais de vida(residentes) por estas bandas.
Contruida em finais da decada de 1990, esta importante estrutura, veio preencher uma uma lacuna que há muito se fazia notar, uma vez que as restantes duas (2) pontes, Romana e Eng. Barb. Carmona, já eram insuficientes. A sua construção, implicou o alargamento da Avenida Miguel Torga, dado que esta era um pouco estreita para as exigências do trânsito automóvel.
Ontem, dia 19 de Agosto, publiquei aqui uma foto do local onde em tempos existiu o Campo do Flávia, para tirar esta foi só virar-me para o lado contrário, e saiu isto, o Calvário mais a sua Capela e ainda mais a sua zona envolvente. Para obter esta foto, assim como a anterior, coloquei-me estrategicamente onde em tempos existia a Linha do Comboio, significa que esta era uma das vistas que se deslumbrava ao entar na Cidade através do saudoso "Texas".
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