Finalmente, ao fim seis (6) anos, o Baluarte da Muralha Seiscentista está reconstruido, é dos tais males que vêm por bem, ou seja, com a derrocada de Março de 2001, desapareceram as casas que nunca deviam ter sido construidas na Muralha. Mas as tais ruínas mesmo ao lado, é que não há meio de se ver o fim à "Novela", vão caindo aos poucos.
* Foto gentilmente cedida por Domingos Pires.
Nas duas (2) últimas décadas, penso eu, passou-se um fenómeno estranho( ou natural) em Chaves, que foi o desaparecer da maioría das pensões e pequenas/médias unidades hoteleiras, senão vejamos; Dorinha, Imperial, Rito, Costa, Estalagem Santiago, Grande Hotel, e havia uma outra mesmo ao lado da oficina do "Lombudo" da qual não me recordo do nome , e é natural que me tenha escapado alguma coisa, dado que não sou um flaviense residente. Resistiram à razia; a "Hospedaría Caldas" ( na imagem), " Albergaría Jaime" e o "Hotel Trajano", penso que a concorrência das duas (2) grandes unidades hoteleiras que existem em Chaves foi letal.
Casas brazonadas é coisa que não falta em Chaves, esta é mais uma, e confesso que nada percebo de brazões, só sei é que esta casa foi durante decadas habitada pela família Cachapuz. Quando eu nasci em 1959, mesmo na casa em frente a esta, este local chamava-se Largo do Banco, porque ao que me disseram funcionou aqui neste edifício um Banco, não sei até que ponto isto é verdade. O Professor Cachapuz, penso que era contemporaneo do Professor João Delgado e do Dr. Júlio Martins.
Embora não seja dos locais onde se faça notar muito a tal desertificação humana, e sua consequente degradação, vão-se vendo algumas casas fechadas, embora mais para esquerda desta foto, mais junto à Avenida Bracara Augusta (vulgo Estrada de Braga), até haja algumas casas em ruínas. É um Bairro típico da Cidade, e quando aqui vou, lembro-me do apitar do "Texas", que como sabem o saudoso Comboio passava aqui bem perto, são os tais ataques de nostalgia que às vezes tenho.
Eu sinto que por vezes sou um pouco "chatinho", assumo completamente isso, mas tambem em parte deve-se ao facto de eu ter olho de Lince, ou seja, sou muito bom observador, pouco coisa ou quase nada escapa à minha volta, e isto tambem associado à minha sensibilidade. Todo aquele anterior palavreado a propósito desta parte lateral da Igreja Matriz, já o facto de lhe terem acrescentado, este anexo no século XIX (?), chamemos-lhe assim, já foi um atentado, agora, aquela "portinha" de vidro e o varandim em alumínio!! "Qui báráto" como diz o brasileiro, só falta acescentar-lhe um toldo a lembrar uma pizaría, fica aqui a sugestão para o pecado ainda ser maior. Agora falando a sério, isto, é de extremo mau gosto, piroso, pimba, horroroso!!!!
Há poucos dias, foi publicada no Blog "ChavesAntiga" uma foto deste mesmo local, desta foto para a mais antiga distam nada mais nada menos que meio século, os cedros que vêm lá ao fundo já ficam em terras de Espanha, e o local de onde foi tirada exctamente esta foto era onde ficava o famoso risco amarelo, a "terra-de-ninguém". Hoje passa-se por aqui livremente, ou seja, desde 1999, nem Guarda Fiscal nem Carabineros, e nem contrabandistas, se bem estes últimos, de certeza que não era por aqui que passavam, provavelmente, "não daría lá muito jeito".
As Colunas da Ponte Romana, ao longo da sua já longa História, têm, perdoem-me a expressão, andado aos trambolhões, e ainda há uma terceira, encontrada em 1980 durante trabalhos de restauro e dragagem do Rio, tendo recolhido ao Museu da Região Flaviense. Desde as grandes obras realizadas na Ponte em 1880 que as Colunas aqui se encontram, tendo as bases onde elas assentam sido feitas nessa mesma altura. A Coluna do lado jusante(em cima na foto) tem a seguinte inscrição: IMP CAES VE MAX TRIB POT IMP VESP CAES AV VIII IMP XIII CO G CALPETANO RA VAL FESTO LEG A D CORNELIO MA L ARRVNTIO MAX LEGº VII GEM CIVITATES AQVIFLAVIENS BIBALI COEL INTERAMIC QUARQVE (R) NITA- tradução: As dez cidades dos Aquiflavienses, Aobrigenses, Bibali, Coelerni, Equaesi, Interamici, Limici, Aebisoci, Quarquerni e Tamagani (erigiram este monumento) ao Imperador Caeser Vespasianus Augustus, Pontífice Máximo, com o poder tribunício pela décima vez, aclamado Imperador pela vigésima vez, Pai da Pátria e Cônsul pela nona vez, ao Imperador Titus Vespasianus Caesar, filho de Augustus, Pontífice, com o poder tribunício pela oitava vez, aclamado Imperador pela décima vez, a Gaius Calpetanus Rantius Quirinalis Valerius Festus, legado propector de Augustus, a Decimus Cornelius Maecianus, legado de Augustus, a Lucius Arruntius Maximus, procurador de Augustus e à Legião VII Gémina Felix. Quanto à Coluna do lado montante( em baixo na foto) tem a seguinte inscrição: IMP. CAES, NERVAE TRAIANO. AUG. GER. DACICO. PONT. COS P.P. AQVIFLAVIENCES PONTEM LAPIDEUAM D.S. FC- tradução: " Os aquiflavienses à sua custa fizeram esta ponte de pedra e dedicaram esta memória ao Imperador Nerva Tajano, Augusto Germânico, Dácico, Pontífice Máximo, do Poder Tribunício, Cônsul, Pai da Pátria".
A velha e bela Ponte Romana, que foi carinhosamente "alcunhada/baptizada" aqui na Blogosfera Flaviense de Top Model, já passou boas, não se pense que para chegar onde chegou, ao topo da carreira, que teve vida fácil, pelo contrário. Agora falando a sério, construida no século I da Era Cristã, foi ao longo da sua já longa História, resistindo a intempéries (cheias), guerras, intervenções menos conseguidas, e algumas até infelizes. A última grande intervenção de que há memória data de 1880, é-lhe colocado o gradeamento em ferro,em substituição do primitivo muro ou guarda em pedra, assim como as bases onde assentam as famosas colunas comemorativas da Ponte, são dessa mesma epoca (1880), fácilmente tambem se nota neste dois (2) arcos que vemos nesta foto que foram reconstruidos, supoe-se que tenham sido alvo de disparos de canhões nas sucessivas guerras que Chaves e esta Ponte foram vítimas ao longo da História, e neste caso em particular vindos (os disparos) do Alto da Forca.
É o tal fenomeno a que eu chamo de espécie de magnetismo, por mais voltas que eu dê à Cidade, de vez em quando tenho que ir parar à Rua Direita, será obsessão? Será paixão? Não, é apenas bom gosto, e apesar das mazelas desta Rua não serem poucas, gosto dela tal como ela é, como ela está, não tanto, as coisas/pessoas que nós gostamos não são prefeitas, nem eu sou prefeito.
Esta bela Igreja, cujo estilo arquitectónico é o barroco, foi construida no século XVIII, reinado de D. João V, tem à sua direita um edifício da mesma época, que ao longo da História, já foi , Convento, Hospital Militar, Quartel da GNR, cavalariça, e até já esteve abandonado e em ruínas durante muitos anos. Voltando á Igreja propriamente dita, em meu entender, há aqui um fenómeno algo estranho, não é um monumento muito mediatizado, chame-mos-lhe assim, e embora eu pessoalmente não seja muito apreciador de Arte Sacra, acho que é um belo exemplar arquitectónico, e é contemporânea da Igreja da Misericórdia.
. Quo vádis Aquae Flavie? R...
. Rua 1º de Dezembro, Chave...
. Feira dos Santos 2011, Ch...
. Escola Secundária Dr. Júl...
. Rua de Santo António, Cha...
. I Encontro Fotográfico Tr...
. Pastelaría Biquinho Doce,...
. FELIZ NATAL, FELIZ NATAL,...
. O MUNDO ATEU
. Blogs femininos.
. Espelho Mágico (Ana Maria Borges)
. A Joia da Coroa Flaviense
. Artistas Flavienses
. Blogoflavienses
. LUMBUDUS
. um olhar através da objectiva
. Chaves I
. terçOLHO
. Blogs Temáticos
. Cancelas
. Chaminés
. Aldeias de Chaves
. Rio Livre ( Celestino Chaves)
. Aveleda
. Curalha (Junta de Freguesia)
. Eiras ( Ana Catarina Teixeira)
. Faiões
. Segirei/Blog (Tânia Oliveira)
. Meteorologia
. Imprensa Regional